Texto síntese após o estudo e compreensão do Livro Bibliotecas Digitais: saberes e práticas.*
Ao pensarmos em bibliotecas digitais, temos que levar em consideração todos os seus requisitos básicos que a compõe, para que esta biblioteca tenha sua função principal realizada, disponibilizar da melhor forma possível as informações e os conteúdos existentes aos seus usuários, atendendo e respeitando as suas necessidades.
Assim, no ambiente da Web semântica, a gestão de conteúdos informacionais amplia suas fronteiras. Em bibliotecas digitais, a recuperação da informação tem seus métodos e abordagens tradicionais revistos para se adequarem ao ambiente de rede. Bibliotecas digitais representam ilhas de informação de reconhecida qualidade, que ganham agora um novo impulso com as melhorias das práticas de indexação, recuperação, navegação e integração dos conteúdos de seus acervos digitais, ampliados diante da possibilidade de conexões automáticas a novos recursos.
A Web semântica necessita de um desenvolvimento de ferramentas que facilitem a geração e gerência do conjunto de descritores que facilitem na recuperação do documento, garantindo assim a criação de camadas semânticas sobre os recursos disponíveis. Assim fica evidente a importância do Profissional da informação na elaboração da Web semântica, pois o mesmo responde a muitas questões na área de bibliotecas digitais que podem estar na combinação e adaptação de métodos e práticas da Biblioteconomia às tecnologias de software desenvolvidas recentemente. Espera-se um maior intercâmbio entre o profissional da informação e o cientista da computação, para que haja um intercâmbio entre informações que vão desde uma definição de uma terminologia comum até o desenvolvimento de trabalhos conjuntos, especialmente no domínio da gestão de conteúdos na Web semântica.
Seguindo esta visão da organização dos conteúdos, podemos destacar a importância de se organizar uma interface amigável para o usuário, possibilitando que ele encontre com facilidade as informações existentes e disponíveis na biblioteca digital. Assim podemos afirmar que, para a organização de informações que serão disponibilizadas em meios digitais, os princípios básicos da arquitetura da informação, que consiste na usabilidade das informações com um enfoque no serviço e no produto a ser oferecido, de modo a criar sistemas de seleção, descrição, armazenamento, representação, indexação, recuperação e disseminação de informações digitais que possibilitem a construção, o armazenamento e a disseminação do conhecimento.
Os elementos básicos da arquitetura da informação aplicados à biblioteca digital visam a criação de estruturas digitais que priorizem a organização descritiva, temática, representacional, visual e navegacional de informações, em consonância com o conteúdo informacional, o contexto e formações, tendo objetivos bem definidos, adequando o dimensionamento aos usuários potenciais.
As biblioteca digitais, além das atividades oferecidas pelas bibliotecas tradicionais, têm características próprias, que possibilitam a otimização do uso das tecnologias da informação, agregando valor aos serviços oferecidos, possibilitando ao usuário o acesso independente de tempo e espaço, e os recursos/obras digitais podem conter texto, imagens estáticas e dinâmicas e sons, interligados por meio de hiperlinks contextuais. Além disso, o serviço de referência digital pode contar com alguns mecanismos de avaliação do usuário, via interação com o ambiente informacional, de modo a prover automaticamente tanto a disseminação seletiva da informação quanto a interface comunicacional eficiente e personalizada.
De forma acelerada, mais e mais produtos da cultura humana passam a ser publicados e distribuídos diretamente em meio digital via Web, pois esta proporciona alcance, rapidez, baixo custo e interatividade. A Web vem crescendo ao mesmo tempo acelerado e caótico, e a ordenação deste crescimento, o uso das informações disponíveis, tem sido uma preocupação constante. O uso de metadados pelas diferentes comunidades da Web se insere neste contexto. O Dublin Core é o mais específico para informações bibliográficas, sendo um padrão voltado principalmente para a descrição e a descoberta de documentos eletrônicos. A biblioteca digital, além de referenciar recursos eletrônicos, seja uma publicadora ou editora, como são várias bibliotecas digitais especializadas ou arquivos eletrônicos que tem a custódia dos documentos que compõem sua coleção, terá de preocupar, além de referenciar seus documentos com metadados segundo padrões do Dublin Core, com questões como direitos autorais, administração e gestão destes documentos e a preservação digital dos mesmos.
O formato XML é, cada vez mais a base de vários padrões da área de informação, sendo a base de troca de mensagens entre programas clientes e servidores XML.
O problema da recuperação da informação, de maneira ampla, tem sido endereçados pela chamada Web semântica, que é uma evolução da Web atual, baseada em documentos, hipertextuais escritos segundo a linguagem HTML, que só permitem a indexação automática por palavras-chave esxtraídas do texto. Abase da infra-estrutura da web semântica vão ser páginas escritas em XML. Sobre esta estrutura de páginas ricas semanticamente irão atuar programas especiai, os chamados agentes inteligentes, que terão acesso ao conhecimento embutido nas páginas da web semântica, para realizarem tarefas que demandem conhecimento, raciocínio, dedução.
Livro: Bibliotecas digitais:saberes e práticas
Editora: IBICT/UFBA
2º Edição
2006
* Texto síntese elaborado por Johnathan Pereira Alves Diniz.
